02 dezembro 2009

carros mais verdes


Gostaria que examinassem e refletissem sobre os argumentos que MMA esta disposto a usar pra isentar os veículos "verdes".
Simplesmente ignoram a quantidade de gases expelidos por quilometro rodado.
Assim, só avaliam a eficiência do motor na bancada de teste.

O ranking dos carros menos e mais poluentes que, em pouco tempo, deve ser utilizado para indexar as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis foi divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente ontem. Quanto menos poluente, menor a tributação e, conseqüentemente, mais baixo o preço final do automóvel. A proposta de criação do “IPI verde” é do ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge.

O novo ranking foi elaborado em conjunto pelo Ministério, Associação das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Única (representa os produtores de cana-de-açúcar), Petrobrás e Ibama. São 402 veículos (há modelos com várias versões) e é baseado em dados fornecidos pelas fábricas no momento da homologação dos carros no Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). De acordo com as emissões são conferidas estrelas aos veículos. Quanto mais “limpo”, mais estrelas ele ganha - de uma a cinco.

O ranking é dividido em duas partes: na primeira, são avaliadas emissões de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio, substâncias nocivas. Para comparação são usados os limites do Proconve. Carros que ficam a 60% do limite recebem três estrelas. Se ficarem entre 60% e 80% do limite ganham duas e, de 80% até o máximo, uma.

Na segunda parte, que vale duas estrelas, são medidas as emissões de CO2 (dióxido de carbono), gás causador do efeito estufa. Carros com motor flexível, que rodam com gasolina e/ou álcool, ganham uma estrela por usar o combustível vegetal.

A adoção desses critérios fez com que o ranking trouxesse resultados surpreendentes. No topo da lista, com cinco estrelas, está o Fiat Idea Adventure Dualogic, que é equipado com motor 1.8. A posição é melhor do que a do Uno Mille, também da Fiat, com propulsor 1.0 - levou quatro estrelas.

Segundo uma fonte ligada ao governo, o fato de indicar que motores de maior cilindrada podem ser mais limpos que os 1.0 demonstra que o ranking poderá ser usado para indexar o IPI. “É uma forma inteligente e moderna de cobrar o imposto, em vez de pela cilindrada somente”, diz.

“Esse novo ranking é mais rigoroso e justo, pois coloca todos os veículos no mesmo balaio”, afirma o coordenador do Proconve, Paulo Macedo. Para ele, o IPI menor para carros menos poluentes é uma “visão correta e incentiva investir em motores avançados”.

O consultor de emissões e tecnologia da Única, Alfred Szwarc, acredita que ainda serão necessários ajustes no ranking mas, para ele, o atual atende a vários dos pontos reivindicados e serve como base para o consumidor escolher o carro menos poluente.

A Anfavea disse apoiar a divulgação de dados de poluição e que essa iniciativa cria competitividade no setor, além de ser uma “evolução” em relação à proposta anterior. Em setembro, o Ministério divulgou um levantamento que foi duramente criticado por especialistas por ser muito impreciso.

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