26 novembro 2009

PINTE SEU TELHADO DE BRANCO. AGORA MESMO


Pinte o telhado de branco e resfrie o planeta

Campanha One Degree Less, da Green Building Council Brasil, começa a ganhar adesão governamental no país

Lançada há um ano, a campanha One Degree Less começa a ganhar corpo no Brasil. Além da adesão de empresas e prefeituras, as companhias habitacionais passaram a se interessar pela ideia. A primeira a firmar um compromisso formal com o combate ao aquecimento global foi a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, a CDHU, que se compromete a passar a cobrir as casas que construir com telhas brancas ou pintá-las de branco.

Para isso, a campanha estimula o desenvolvimento da construção sustentável no país, por meio da adoção de telhados que refletem os raios solares. A ação é simples. Consiste no uso de tinta branca ou outro material de cor clara no revestimento dos telhados e coberturas.

Marcos Casado, gerente da GBC Brasil: até o secretário de energia dos EUA, Steven Chu, aderiu

Com isso, contribui-se para o esfriamento da superfície urbana, uma das causas do aquecimento global. “Estamos focados nas chamadas ilhas de calor, os cool roofs. Além da pintura, estimulamos também o telhado verde”, explica Marcos Casado, gerente técnico do Green Building Council Brasil (GBC Brasil). O organismo firmou recentemente parceria com a prefeitura de Ilhabela, no litoral paulista, que passou a pintar de branco os telhados de todos os prédios públicos.

Mas, independentemente de incentivos, qualquer um pode aderir. No caso do telhado branco basta comprar a tinta branca e mandar pintar as telhas. Hoje existem tintas que diminuem a necessidade de manutenção do telhado, facilitando ainda mais o dia a dia de quem adere à campanha”, explica Marcos Casado.
Segundo o Green Building Council Brasil, não há ainda uma estimativa de quando a campanha realmente conseguirá baixar a temperatura em um grau nas chamadas ilhas de calor. A avaliação é que primeiro é preciso mudar um conceito cultural, para daí massificar a ideia. “O importante, nesta primeira etapa, é que a campanha está atraindo parcerias importantes”, diz o gerente da GCB, no Brasil.

Benefícios dos telhados brancos
* Diminuição das ilhas de calor dos prédios/casas * Diminuição da emissão de CO2 * Fácil aplicação e pouca manutenção * Reduz custo de ar condicionado em até 20% * Ação eficiente no combate ao aquecimento global
Benefícios dos telhados verdes
* Redução da reverberação de som, o que proporciona maioControle do fluxo de água pluvial, o que ajuda na redução de enchentes * Diminuição das ilhas de calor dos prédios/casas * Economia com gastos de energia, principalmente ar condicionado * r conforto acústico



Entrevistado: Assessoria de imprensa do GBC Brasil: debora@gwacom.com

18 novembro 2009

A mãe Terra, Gaia, Vai sofrer?


Oi Amigos ajuda e repassa.
A mãe Terra, vai se transformar e só isso!
Agora o ser humano poucos sobreviverão, pois não teremos tempo pra se adaptar as mudanças.
Mesmo com kyoto e outros acordos não muito eficiente.
Veremos escassear os alimentos e o nível do mar subir sobre as cidades.
Boa sorte aos sobreviventes.

16 novembro 2009

Os Ricos não querem outro Protocolo de Kyoto


Líderes mundiais defendem adiamento de acordo final sobre clima

Por: Caren Bohan

Publicado em 16/11/2009, 14:15

Última atualização em 14:15

Cingapura - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros líderes mundiais se uniram no domingo sobre planos para evitar um fracasso na cúpula sobre o clima em Copenhague, em dezembro, que adiariam os acordos até 2010 ou mais.

"Em vista do fator tempo e da situação dos países individualmente, precisamos, nas próximas semanas, focar o que é possível e não deixar nossa atenção ser desviada para o que não é possível," disse aos líderes o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.

"O Acordo de Copenhague deve tornar obrigatória a continuação das negociações legais e fixar um prazo final para a conclusão delas," disse o anfitrião das negociações em Copenhague, que viajou a Cingapura durante a noite para apresentar sua proposta durante o café da manhã na cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec).

O plano apresentado por Rasmussen abriria caminho para um acordo político nas negociações que ocorrem de 7 a 18 de dezembro, seguido por discussões minuciosas sobre compromissos legalmente compulsórios em relação a metas, finanças e transferências de tecnologia, que seriam levadas adiante com menos pressa, mas ainda com um prazo para serem concluídas.

"Houve uma avaliação por parte dos líderes de que seria irrealista esperar que um pacto completo, legalmente compulsório, seja negociado entre hoje e o momento em que o encontro de Copenhague começar, em 22 dias," disse o negociador sênior dos EUA, Michael Froman, a jornalistas, após o encontro, no qual estavam presentes os líderes dos EUA, China, Japão, Rússia, México, Austrália e Indonésia.

"Acreditamos que é melhor contar com algo bom que não contar com nada," disse o chanceler chileno Mariano Fernandez.

As negociações andam atoladas em impasses, com os países em desenvolvimento acusando o mundo rico de não fixar para si metas suficientemente altas de redução das emissões de gases estufa até 2020.

Não ficou claro se a China, hoje o maior emissor de carbono do mundo, aderiu à proposta apresentada em Cingapura. Na reunião durante o café da manhã, o presidente chinês Hu Jintao falou sobre a necessidade de se criar um mecanismo de financiamento para os países ricos darem apoio financeiro aos países em desenvolvimento na luta contra as mudanças climáticas.

Suas declarações ganharam o respaldo do presidente mexicano Felipe Calderon, que disse que, se for possível chegar a um acordo em Copenhague sobre um mecanismo de financiamento global, será "muito mais fácil acordar medidas claras e pragmáticas".

As declarações de Hu Jintao e Calderon foram feitas um dia depois de os presidentes da França e do Brasil, em documento conjunto, terem lançado um pedido por ajuda financeira "substancial" de países mais ricos para ajudá-los a combater as emissões.

Fonte: Reuters



03 novembro 2009

Livro sagrado gratis


livro sagrado e de graça


Um dos mais renomados pensadores do desenvolvimento sustentável e arquiteto pioneiro da ecoeconomia, o norte-americano Lester Brown esteve em São Paulo para lançar seu novo livro, Plano B 4.0: Mobilização para Salvar a Civilização (pelas editoras New Content e Ideia Sustentável, com patrocínio do Bradesco). Na palestra que antecedeu a tarde de autógrafos, no Museu de Arte de São Paulo, o especialista em agricultura, ciências, administração pública e economia exibiu a serenidade que lhe é peculiar mesmo ao admitir que nos restam poucas saídas: “Todos os problemas que enfrentamos podem ser resolvidos com o uso de tecnologias existentes. E quase tudo o que precisamos fazer para mover a economia mundial de volta para um caminho sustentável já foi feito em um ou mais países”, repetiu o professor, como vem fazendo desde o lançamento do Plano B, série que teve início em 2003, com a versão 3.0.

Mas esse doutor honoris causa por 24 universidades, que há 35 anos se dedica à pesquisa detalhada sobre o que acontece no mundo, avisa que não há mais tempo para divagações. Sem alarmismos, e doando um mapa seguro rumo à ecoeconomia, o guru da sustentabilidade nos encoraja, com as experiências listadas em seu livro, a assumir esse “esforço de guerra” por meio de atitudes individuais e coletivas, públicas e privadas.

Estudioso da evolução das cidades, dos estragos da poluição que despejamos na natureza, da irracionalidade representada pelo excesso de veículos, dos níveis de exaustão do solo e dos aquíferos, da desertificação e das enchentes, Lester Brown avisa que o Plano B não é “uma” alternativa, mas a “única”, se quisermos reverter as tendências que estão destruindo nosso futuro.

Na lista de experiências bem-sucedidas estão desde o uso mais eficiente do solo e da água, garantindo a segurança alimentar, até métodos vitoriosos de controle da natalidade em países tradicionalistas, como o Irã. Do planejamento de cidades focadas no pedestre a um modelo de impostos mais justos - que sobretaxa os produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente e alivia a renda do trabalhador -, Brown fornece, em detalhes, os subsídios para a mudança.

“Propomos a estabilização do clima e da população, a erradicação da pobreza e a restauração dos suportes naturais da natureza”, explica o estudioso, que é presidente do Earth Policy Institute desde 2001, quando deixou o Worldwatch Institute (WWI), que fundara em 1974. Primeiro instituto dedicado à analise de assuntos ambientais, o WWI produziu relatórios anuais minuciosos e analíticos - chamados Estado do Mundo - , sempre muito elogiados por seu rigor científico.

O Plano B 4.0 também mostra a fatura que o mundo terá de pagar pela mudança. Comparados aos US$ 3 trilhões por ano destinados a orçamentos militares e custos diretos e indiretos da máquina de guerra, os US$ 187 bilhões da conta de Brown nem são grande coisa. Neles estão incluídos os custos com as “metas sociais básicas”: US$ 77 bilhões anuais para cobrir desde merenda escolar para os 44 países mais pobres até educação básica. Os outros US$ 110 bilhões seriam para as “metas de restauração ambiental”: estabilizar recursos hídricos e plantar árvores para seqüestrar carbono, conter enchentes e conservar o solo.

Essa mudança requer, principalmente, o envolvimento do setor empresarial, atento para as oportunidades embutidas no novo processo. Conheça algumas dessas oportunidades, apenas no setor energético:

* O Texas possui 7.900 megawatts de capacidade de geração eólica já em funcionamento, mais 1.100 em estágio de construção, e um grande potencial para desenvolvimento. Em 2007, o Estado norte-americano tinha 4,46 megawatts de capacidade instalada - um crescimento de 60% em relação a 2006. Quando todas as suas fazendas eólicas estiverem completas, o Texas terá 53 mil megawatts de energia eólica - o equivalente a 53 usinas termoelétricas a carvão. Além de satisfazer as necessidades residenciais de seus 24 milhões de habitantes, essa capacidade de geração habilita o Estado, que já é, de longa data, exportador de petróleo, a também exportar eletricidade.

* Na Europa, as novas fontes de geração de eletricidade eólica, solar e de outros recursos renováveis já superam, com boa margem, aquelas de combustível fóssil. Nos EUA, o incremento de 8.400 megawatts na geração eólica em 2008 pulverizou os 1.400 megawatts das novas usinas a carvão. A energia nuclear, por sua vez, também está diminuindo. Em termos globais, a produção de reatores nucleares caiu em 2008, ao mesmo tempo em que a capacidade de geração eólica aumentou cerca de 27 mil megawatts, quantidade suficiente para suprir 8 milhões de lares americanos. O mundo muda em ritmo veloz.

* A produção de lâmpadas fluorescentes na China, que engloba 85% do total mundial, subiu de 750 milhões de unidades, em 2001, para 2,4 bilhões de unidades, em 2006. As vendas nos EUA, por sua vez, cresceram de 21 milhões, em 2000, para 397 milhões, em 2007. Dos estimados 4,7 bilhões de soquetes de lâmpada nos EUA, cerca de 1 bilhão agora recebem lâmpadas compactas fluorescentes.

* A cidade de Nova York substituiu as lâmpadas tradicionais por díodos em muitos sinais de trânsito, baixando em US$ 6 milhões sua conta anual com manutenção e eletricidade. No início de 2009, o prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa, informou que a cidade substituiria 140 mil lâmpadas de rua por díodos, economizando US$ 48 milhões dos cidadãos pelos próximos sete anos. A redução resultante de emissões de carbono equivaleria a retirar 7.000 carros das estradas.

* Desde janeiro de 2009, a Alemanha exige que todos os prédios novos ou tenham pelo menos 15% de aquecimento do ambiente e de água a partir de energias renováveis ou melhorem expressivamente sua eficiência energética. Para tanto, o governo oferece apoio financeiro aos proprietários de casas novas ou já existentes visando a instalação de novos sistemas ou a realização de melhorias.

* Na metade de 2008, a Indonésia - país com 128 vulcões ativos e, portanto, rico em energia geotérmica - anunciou que desenvolveria 6.900 megawatts de capacidade geradora geotérmica, cabendo à Pertamina, sua estatal petrolífera, cuidar da melhor parte. A produção de petróleo local vem caindo na última década de tal modo que, nos últimos quatro anos, o país precisou importar o insumo. Como a Pertamina já transfere os recursos do petróleo para o desenvolvimento de energia geotérmica, poderá se tornar a primeira companhia do setor - estatal ou independente - a fazer a transição para a energia renovável.

* A geração mundial de eletricidade eólica cresce em ritmo frenético. De 2000 a 2008, a capacidade aumentou de 18 mil megawatts para estimados 120 mil megawatts. Os EUA lideram agora a corrida, seguidos por Alemanha (até recentemente a líder), Espanha, China e Índia. Mas como a produção de energia eólica na China dobra todo ano, o primeiro lugar norte-americano terá curta duração.

* A Dinamarca é líder mundial no uso de energia eólica, com 21% de eletricidade nacional suprida pelo vento. Quatro Estados do norte da Alemanha agora geram um terço ou mais da sua energia a partir do vento. Para a Alemanha, o número é de 8% - e continua subindo.

* A China tem 12 mil megawatts de capacidade de geração de vento, a maior parte na categoria de fazendas eólicas de 50 a 100 megawatts, sendo que há muitas outras de tamanho médio a caminho. Quando estiverem terminadas, essas fazendas terão uma capacidade geradora de 105 gigawatts - o volume de energia eólica que o mundo inteiro possuía no início de 2008.

A edição brasileira de Plano B 4.0 está sendo lançada quase que simultaneamente à americana. O conteúdo será disponível para download gratuito no site http://www.bradesco.com.br/rsa. Haverá, ainda, uma tiragem impressa a ser distribuída para bibliotecas, escolas, universidades, ONGs e centros de estudo.