18 dezembro 2010

A verdade do IPCC

Porque não falam eles do Pico do Petróleo?

Porque é que a comunicação social fala SEMPRE das mesmas coisas e NUNCA de certas coisas? Porque será que não falam do PICO do PETRÓLEO e o colapso que vai gerar, se não se mudar o estilo de vida e se não se apostar forte noutras fontes de energia? Vejam o vídeo abaixo, saibam um pouco mais aq...Ver mais
sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.com
Não aprecio muito a repetição... mas sou forçado a tal...Isto vai até rebentar... já tenho dito que vamos gastá-lo até acabar ou até ser tão caro tão caro que já não compensa, a eles, extraí-lo... Além disso quando esse tempo chegar já nos agarraram de outra forma e continuamos na dependência deles.

14 outubro 2010

Trabalho temporario ou estagio

Ambição/ Ou sufoco, vivem de migalhas é humilhante.
Depois do natal muita gente vai ser demitida, aquele papo "quem sabe o ano que vem vc pode trabalhar aqui de novo".
Como se o resto do ano as pessoas não comem, não tem despesas e nem vivem. HIBERNAM até novembro...
Ou vivem da promessa se for bem, nos a efetivamos...
Imagino como essas pessoas ficam a toa sem ter a quem recorrer, e agora, apenas foram usadas como um trapo !
Só quero levantar a peteca...Boa sorte.

09 setembro 2010

Democracia agora.

por Arnaldo Jabor

VOTE NA DILMA !

As promoções da época!

Vote na Dilma e ganhe, inteiramente gratis, um José Sarney de presente agregado ao Michel Temmer.

Mas não é só isso, votando na Dilma você também leva, inteiramente grátis (GRÁTIS???) um Fernando Collor de presente.

Não pense que a promoção termina aqui.

Votando na Dilma você também ganha, inteiramente grátis, um Renan Calheiros e um Jader Barbalho.

Mas atenção: se você votar na Dilma, também ganhará uma Roseana Sarney no Maranhão, uma Ideli Salvati em Santa Catarina e uma Martha Suplício em S. Paulo.

Ligue já para a Dirceu-Shop, e ganhe este maravilhoso pacote de presente: Dilma, Collor, Sarney pai, Sarney filho, Roseana Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, e muito, muito mais, com um único voto.

E tem mais, você também leva inteiramente grátis, bonequinhos do Chavez, do Evo Morales, do Fidel Castro ao lado do Raul Castro, do Ahmadinejad, do Hammas e uma foto autografada das FARC´s da Colombia.

Isso sem falar no poster inteiramente grátis dos líderes dos bandidos "Sem Terra", Pedro Stedile e José Rainha, além do Minc com uniformede guerrilheiro e sequestrador.

Ganhe, ainda, sem concurso, uma leva de deputados especialistas em mensalinhos e mensalões. E mais: ganhe curso intensivo de como esconder dinheiro na cueca, na meia, na bolsa ..., ministrado por Marcos Valério e José Adalberto Vieira da Silva e José Nobre Guimarães.

Tudo isto e muito mais!

TSE retira comentário do Arnaldo Jabor do Site da CBN

Leia o comentário de Dora Kramer, Estadão de Domingo:

'A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lula' até pode ter amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa.

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE.

(ARNALDO JABOR)

O que foi que nos aconteceu?

No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, 'explicáveis' demais.

Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.

Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola.

A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira!

Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada!

Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos!

Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo!

Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz!

Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações 'falsas', sua condição de cúmplice e Comandante em 'vítima'!

E a população ignorante engole tudo... Como é possível isso?

Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.

Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.
Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...

Está havendo uma desmoralização do pensamento.

Deprimo-me:

Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?'

A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.

A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos!

Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.

No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.

Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da república. São verdades cristalinas, com sol a Pino.

E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de 'gafe'.

Lulo-Petistas clamam: 'Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como ousaram ser honestos?'
Sempre que a verdade eclode, reagem.

Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista'. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de 'finesse' do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando...

Mas agora é diferente.

As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte.

Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem , de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo.

Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em 'a favor' do povo e 'contra', recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o 'sim' e o 'não', teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.

Alguns otimistas dizem: 'Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades'!

12 agosto 2010

saúde pública ou não...


Norma chegou ao meu consultório bastante agitada. “Tenho 48 anos, sou separada há 15 e já me esqueci de quando foi a última vez que fiz sexo. Acho ótimo sair com as minhas amigas; vamos ao cinema, teatro, viajamos, fazemos almoços...mas isso não basta. O que eu faço com o meu tesão? As mulheres que conheço reclamam da mesma coisa. Uma chamou um garoto de programa para ir à casa dela. Mas eu tenho medo. Sei lá se é um ladrão ou mesmo um assassino. Outro dia eu estava pensando: se existisse um bordel para as mulheres fazerem sexo em segurança, seria tão bom...”

O sexo sempre teve destaque na história da humanidade. Dependendo da época e do lugar, foi glorificado como símbolo de fertilidade e riqueza ou condenado como pecado. A condenação do sexo surgiu com o patriarcado há cinco mil anos. No início, restringia-se às mulheres, para dar ao homem a certeza da paternidade, mas com o cristianismo a repressão sexual generalizou-se.

A partir das décadas de 1960/70 a moral sexual sofreu grandes transformações, mas o sexo continua sendo um problema complicado e difícil. Muitas pessoas dedicam um tempo enorme de suas vidas às fantasias, desejos, temores, vergonhas e culpas sexuais. Entretanto, estudos científicos comprovam cada vez mais a importância do sexo para a saúde física e mental.

Carmita Abdo, médica e coordenadora do Prosex (Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo), afirma que as pessoas que têm relações sexuais com regularidade conseguem equilibrar seus hormônios e estimular suas potencialidades. Além de aumentar a autoestima e o ânimo para trabalhar e para enfrentar os problemas do dia-dia.

Um estudo americano afirma que ter relações sexuais duas vezes por semana ajuda a diminuir a incidência de diabetes e a reduzir a tensão arterial. O "American Journal of Cardiology" garante que o sexo ajuda a proteger o coração. Pesquisas realizadas pela Universidade de Nova Iorque mostram que o sexo pode melhorar o sistema imunológico, suprimir a dor e reduzir a enxaqueca. Segundo outro estudo americano recente, pessoas que praticam sexo com frequência vivem mais e correm menos risco de desenvolver câncer.

Resultados semelhantes aos dos Estados Unidos foram encontrados em uma série de estudos realizados na Inglaterra, Suécia, França e Alemanha. Até a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) dá destaque ao tema, colocando a atividade sexual como um dos índices que medem o nível de qualidade de vida.

Diante de todos esses dados, observamos um paradoxo. Um número enorme de pessoas não faz sexo. Elas desejam muito, mas não têm com quem. Se levarmos a sério todos os estudos científicos, e acredito que devemos levar, só podemos concluir que estamos diante de um caso de saúde pública. O Ministério da Saúde deveria se pronunciar. Ou será que estou enganada?


mais...

http://delas.ig.com.br/colunistas/questoesdoamor/os+riscos+da+ausencia+de+sexo/c1237557391158.html

05 agosto 2010

Novo governo Brasileiro

Nesta quarta-feira (04/08), a Fundação SOS Mata Atlântica lança em Brasília a Plataforma Ambiental para o Brasil. O documento foi produzido com o objetivo de apresentar as principais questões ambientais da atualidade que precisam ser discutidas, respondidas e solucionadas pelos próximos dirigentes do país. Além disto, é um instrumento de apoio ao cidadão na busca do compromisso de seus candidatos que também podem utilizá-la e incorporar os temas em seu Plano de Governo. “Os eleitores precisam cobrar de todos os candidatos uma atenção especial a uma agenda socioambiental que atenda as necessidades da população para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Este é o momento de cobrar atitudes concretas para a conservação ambiental e fazer cumprir a Constituição Federal Brasileira”, afirma Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica. O evento de lançamento acontece às 8h30, na Câmara dos Deputados (anexo II), sala Plenário 2. No próximo dia 17, haverá o lançamento na cidade de São Paulo, e em breve o conteúdo estará disponível pela internet para que todos colaborem com a divulgação.

03 julho 2010

relatorio WWI - AKATU

A Declaração do Milênio, da ONU, aprovada
por 189 países em setembro de 2000,
expressa a decisão da comunidade internacional
de reduzir à metade, até 2015, o número
de pessoas que vivem com menos de um
dólar por dia. De acordo com o "World
Development Report", porém, em muitos
países, onde as taxas de crescimento foram
negativas, o avanço econômico permanece
abaixo do nível considerado necessário para se
atingir os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio. Um bilhão e meio de pessoas no
mundo continuam abaixo da linha da pobreza,
sobrevivendo com menos de US$ 1,25
por dia.
O compromisso com investimentos internacionais
destinados à diminuição do fosso e
da desigualdade social entre populações de
elevado consumo, que movimentam mercados
concentrados, e o 1/5 da humanidade
que luta para sobreviver, é um desafio a ser
enfrentado. Tal esforço, porém, resultaria
apenas parcialmente bem sucedido na ausência
de uma equação capaz de frear o consumismo
concentrado e impulsionar o quanto
antes o consumo sustentável – equação esta
que passa, entre outros fatores, por uma profunda
mudança cultural e comportamental.
Tal mudança na cultura do consumo é a
proposta trazida ao debate pelo Estado do
Mundo 2010, relatório anual do WWIWorldwatch
Institute, editado há 28 anos
consecutivos em cerca de 30 idiomas e publicado
em língua portuguesa no Brasil desde
1999 pela UMA-Universidade Livre da Mata
Atlântica, representante do WWI no Brasil.
Neste ano, a edição se faz em parceria com o
Instituto Akatu, organização que se destaca
no trabalho pela transformação do comportamento
do consumidor como fator essencial,
dentro do tripé empresa–governo–sociedade
civil, para o encaminhamento de soluções voltadas
para a sustentabilidade.
Essa transformação, urgente, tem como
pilar uma maior conscientização do consumidor
quanto às consequências de seus atos de
consumo. Nesse passo, é também fundamental
levá-lo a perceber que, em adição a buscar
maximizar os impactos positivos e minimizar
os negativos de seus próprios atos individuais,
cabe a ele mobilizar outros consumidores na
direção de um consumo consciente; apoiar o
esforço das melhores empresas em responsabilidade
sócio ambiental, pressionando-as
diretamente e comprando os seus produtos,
assim como valorizando as novas tecnologias
por elas desenvolvidas; e pressionar os governos
na direção de uma atuação administrativa
própria mais sustentável, do provimento de
serviços que facilitem a ação do consumidor
consciente (por exemplo, a coleta seletiva de
resíduos) e da regulação e legislação referentes
aos atributos dos produtos e à operação
das empresas. Dessa maneira, o consumidor
consciente terá um papel expandido para
muito além de seus gestos individuais.
Integrando de modo concreto os esforços
no sentido dessa mudança cultural tão indispensável
e da co-relata democratização da
informação, o WWI, com o apoio do
Instituto Akatu, disponibiliza para download
gratuito, em língua portuguesa, o presente
relatório anual. Assim, executivos de empresas
e responsáveis governamentais, estudiosos,
jornalistas, pesquisadores, professores e
alunos de instituições públicas ou privadas,
têm à sua disposição análises, pesquisas,
dados, informações e estatísticas confiáveis,
Apresentação da edição brasileira
ESTADO DO MUNDO 2010
WWW.WORLDWATCH.ORG.BR
Apresentação à edição brasileira
XII
abrangentes, muitas vezes inéditos, de extensão
planetária, capazes de municiá-los em seu
empenho não só pelo necessário cumprimento
das metas do milênio como também por
uma mudança imediata, aprofundada a cada
dia, em favor de uma vida mais saudável,
ambiental e socialmente responsável, rumo a
um mundo sustentável que, dessa forma,
poderá passar do sonho à realidade.
Eduardo Athayde
Worldwatch Institute-Brasil
Helio Mattar
Instituto Akatu
...pra baixar:Instituto Akatu

19 junho 2010

Outro "ninguém" fala no nosso fim por aqui...

Espécie humana estará extinta em 100 anos, diz cientista

Célio Yano* - 18/06/2010

A espécie humana estará extinta em menos de um século. A previsão nada otimista é do conceituado biólogo australiano Frank Fenner, professor da Universidade Nacional Australiana e um dos responsáveis pela erradicação da varíola.

Em entrevista ao jornal "The Australian", publicada nesta quinta-feira, dia 17 de junho, ele explicou que por conta "da explosão demográfica e do consumo desenfreado" a humanidade não será capaz de sobreviver. "Seremos extintos. Tudo o que fizermos agora será tarde demais", disse o pesquisador, hoje com 95 anos.

A afirmação foi feita durante uma rara ocasião em que Fenner se dispôs a falar com a imprensa. Membro da Academia Australiana de Ciência e da Sociedade Real, o biólogo já publicou centenas de artigos científicos e escreveu, sozinho ou em parceria, 22 livros.

"Como a população continua a crescer para sete, oito ou nove bilhões haverá muito mais guerras por alimentos", diz. "Os netos de gerações de hoje enfrentarão um mundo muito mais difícil."

Polêmico, ele credita ainda à falta de ação para se reduzir emissões de gases do efeito de estufa o trágico destino da humanidade. "Vamos sofrer o mesmo que o povo da Ilha de Páscoa", afirmou. "A mudança climática está apenas no começo. Mas nós estamos vendo mudanças notáveis desde já".

"A espécie Homo sapiens será extinta, possivelmente dentro de 100 anos", disse. "Um monte de outros animais também serão. É uma situação irreversível. Eu acho que é tarde demais. Tento não me manifestar sobre isso, porque as pessoas estão tentando fazer alguma coisa".

O jornal The Australian lembra que a opinião de Fenner é compartilhada por outros cientistas, porém abafada na discussão entre os pesquisadores que creem e os que são céticos em relação às mudanças climáticas.

Na semana que vem Fenner fará a abertura do simpósio sobre Clima, Planeta e Pessoas Saudáveis, na Academia Australiana de Ciência. Em 1980, durante uma Assembleia Geral da ONU – Organização das Nações Unidas, foi ele quem anunciou a erradicação global da varíola, única doença a ser considerada erradicada em todo o mundo.

*Nota publicada no portal Exame.com

06 junho 2010

Vai a pé ou ...

Uma grande parcela dos problemas ambientais decorre do uso crescente de veículos, notadamente os movidos por derivados de petróleo. Automóveis, caminhões, ônibus, motocicletas e toda sorte de embarcações e aviões foram responsáveis, em 2004, por 13,1% das emissões de gases do efeito estufa, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A atividade de transporte responde por cerca de 80% do óleo diesel consumido no Brasil, sendo 90% desse consumo para o transporte rodoviário de mercadorias e pessoas.

Em países de grandes extensões, com cidades superpovoadas, praticamente sem transporte ferroviário e com poucas centrais termoelétricas, como o Brasil, a contribuição dos sistemas de transporte para a poluição do ar é seguramente bem maior (desconsiderando o uso da terra). Poluição essa que não se limita aos compostos químicos que aquecem a atmosfera, mas que também inclui poluentes como material particulado em suspensão e variados gases, todos eles danosos à saúde humana e à saúde ambiental. Esse é um problema marcante em centros urbanos.

Nos países mais civilizados, ainda existem os desafios de engarrafamentos e da consequente poluição atmosférica (Los Angeles é um exemplo), mas de um modo geral essas questões foram minimizadas pela oferta de sistemas públicos de transporte inteligentes e eficientes e pelo rigor das leis, como a da concentração máxima tolerável de poluentes por veículo.

É fundamental uma revolução nos sistemas de transporte, principalmente nos centros urbanos. Um conjunto extenso de medidas precisa ser adotado. Abordarei apenas alguns deles. Para se diminuir o consumo de combustíveis e a poluição gerada, evitando que se inviabilize a mobilidade urbana, deve-se reduzir os seguintes itens:

A quantidade de deslocamentos realizados,
A extensão desses deslocamentos,
Os modos de transporte utilizados e
O consumo específico de energia dos diferentes modos
(Márcio D’Agosto – PET/COPPE, 2010)

A utilização intensa do automóvel conspira contra qualquer iniciativa de racionalização de sistemas de transporte. Para qualquer planejamento desse setor, é imprescindível o conhecimento da eficiência dos modos de transporte em termos de energia primária requerida [Megajoules/passag.km]. O Prof. Márcio D’Agosto apresenta um estudo sobre diversos modos (em ordem decrescente de eficiência):

1º - bicicleta
2º - caminhada
3º - veiculo leve sobre trilhos (VLT)
4º - trem metropolitano elétrico (como o metrô)
5º - trem metropolitano a diesel
6º - microônibus
7º - ônibus convencional
8º - automóvel pequeno a gasolina
9º - automóvel grande a gasolina
O consumo energético por passageiro versus quilômetro do automóvel grande é quase dez vezes o do VLT e sete vezes o do trem elétrico. Mesmo o ônibus convencional tem uma eficiência insatisfatória se comparado com quaisquer dos trens ou com microônibus. Entre os modos de transporte estudados, a bicicleta é o que se revela mais eficiente, com um rendimento 15 vezes melhor do que o do automóvel pequeno.

No entanto, por maiores que sejam os avanços para reduzir a emissão de poluentes e reduzir o desperdício de petróleo em engarrafamentos cada vez mais frequentes e intensos, eles estão sendo superados por uma produção sem precedentes de carros no mundo. Em 2007 fabricou-se 70,9 milhões de unidades de automóveis e pequenos veículos de carga (até 1800 kg). Em função da crise econômica mundial, houve queda na produção global de veículos em 2008 (e possivelmente também em 2009), mas a tendência é de retomada no crescimento de vendas, principalmente se considerarmos o poder desse segmento industrial somado ao das companhias de petróleo e ao das empreiteiras.


"Somente em março foram vendidos 331 mil carros. Prevê-se, para este ano um aumento nas vendas de 8%. Se essa taxa de crescimento se mantiver constante, a frota total dobra em apenas nove anos!"
Entre 1960 e 2000, a fabricação mundial de carros subiu de 12,8 milhões para 41,3 milhões de unidades, um acréscimo de 223% (em comparação, a população humana aumentou 102% no mesmo intervalo de tempo). No Brasil, foram vendidos cerca de 800 mil carros no 1º semestre de 2010. Somente em março foram comercializadas 331 mil unidades. Prevê-se, para este ano um aumento nas vendas de 8%. Se essa taxa de crescimento se mantiver constante, a frota total dobra em apenas nove anos!

Mundialmente, entre 1952 e 1992, o total de passageiros X quilômetros rodados de veículos pulou de menos de 250 bilhões passag.km para quase 650 bilhões passag.km, um aumento de cerca de 160%, bem superior ao crescimento da população global, que, nesse mesmo período, foi de 108%.

Ora, como as ruas não aumentam nas cidades, nem em número nem em dimensões, é óbvio que esse comércio frenético de automóveis é o fermento do caos urbano. Novas vias podem ser abertas somente na periferia, o que obriga a maiores deslocamentos, agravando ainda mais os efeitos do tráfego intenso.

É inegável que a política míope de estimulo ao transporte individual motorizado é absolutamente insustentável, tanto no uso de recursos naturais, como pela geração de poluição e pela crescente inviabilização dos deslocamentos urbanos.

O poderoso lobby pró veículos a combustão impôs o modelo insensato de uso intenso de carros nas cidades e de caminhões e ônibus nas estradas. Essa situação é claramente evidente no Brasil, onde a indústria do petróleo, juntamente com as montadoras e as empreiteiras de estradas, enterraram um sistema incipiente de transporte ferroviário.

À tendência de baixa dos preços de veículos, soma-se a política equivocada do governo no estímulo a economia. Isto foi mais marcante na crise econômica mundial de 2008, quando o governo federal retirou impostos dos carros mais baratos (e agora de motos), incentivado a venda e, ao mesmo tempo, a saturação das vias públicas, principalmente nas cidades médias e grandes.

Não são necessárias muitas considerações para se constatar o óbvio: os engarrafamentos quase permanentes em cidades como Rio e São Paulo provocaram, nos últimos anos, uma queda vertiginosa na velocidade média de suas ruas. A lentidão irritante do tráfego urbano, a par da escassez de vagas, não apenas provoca desperdício de petróleo, um recurso natural não renovável, e aumento na quantidade de horas de trabalho perdidas no trânsito, como a poluição decorrente causa um número cada vez maior de casos de doenças respiratórias, sem falar nos problemas psíquicos. Os prejuízos são, ao mesmo tempo, sociais, ambientais e econômicos (bem, alguns setores lucram sempre com o caos...).

Com a moeda estável e financiamento em até absurdos 70 ou 72 meses, as classes ascendentes podem realizar suas aspirações de possuir um carro novo. Certo, eles também têm o direito a um carro e, “além disso, é um sinal de progresso social e econômico”, como cansei de ouvir. Essa forma superficial de encarar a questão esconde, na verdade, que não há progresso algum, nem para a sociedade como um todo nem para o feliz possuidor do carro novo.

A grande maioria dos que contraem tais financiamentos a perder de vista elegem o automóvel como prioridade número 1. Afinal, o carro ainda é um ícone de sucesso. No entanto, vítimas das armadilhas do consumismo, essas pessoas moram mal, não possuem assistência médica adequada e educam mal os filhos, entre tantas outras deficiências. Sem contar que, em geral, têm pouca prática de direção e a manutenção de seus automóveis deixa a desejar.

É indispensável que a sociedade tome consciência de que o transporte individual nas cidades é incompatível uma boa qualidade de vida. É importante que se renuncie à ideia falsa de conforto que o automóvel proporciona e ao seu uso como mero símbolo de status. Somente modos de transporte de massa, ou seja, os movidos a energia elétrica, como trens e metrô, podem resolver tais problemas (Suzana Kahn e Marcio D’Agosto). O uso do automóvel deverá ser dificultado ao máximo.

Planejamento urbano de qualidade é igualmente indispensável. Isto significa, entre outras medidas, concentrar serviços próximos ou entremeados com áreas residenciais, reduzindo a necessidade de deslocamentos, permitir escritórios de baixa movimentação de pessoas em áreas meramente residenciais, incentivar a implantação de escolas de qualidade em todos os bairros, descentralizar os pólos de negócio, de comércio e de finanças. Quanto mais tempo levarmos para a adoção dessas medidas, mais cara, demorada e dolorosa será a tentativa de reverter e tendência de colapso no sistema de transporte urbano.

05 junho 2010

NOSSA FAZ TEMPO, agora pode ser tarde!

Em Abril, marcou o 40º aniversario do primeiro "DIA DA TERRA", e com isso o início simbólico do movimento ambientalista. O evento foi à culminação de uma série de tendências que começaram nos anos 50 em que os cientistas começaram notar como a industrialização impactava o ecossistema da Terra. Então, em 1962, o livro inovador de Rachel Carson “Silent Spring”, que documentou os efeitos dos inseticidas no ambiente, causou uma sensação internacional e conduziu-a eventualmente à proibição do DDT nos Estados Unidos.

Em 1970, a preocupação com o crescimento populacional, a fome em massa, a poluição do ar e da água o grupo se uniu em um movimento para apoiar um ambiente mais limpo e saudável.

Tudo isto e mais esta no filme “Earth Days”, que foi mostrado em PBS’American Experience em 19 de abril Dirigido por Robert Stone o filme mostra não somente como o movimento verde começou, mas os sucessos e falhas desde o dia seminal em 1970.

“O que nós estávamos tentando fazer é criar uma consciência pública totalmente nova que causasse a mudanças das regras do jogo” disse Denis Hayes, coordenador nacional do Dia da Terra.

Hayes é um dos ativistas ambientais chaves de uma dúzia, entrevistados no documentário Miller-McCune.E com mais três deles pediu para avaliar o estado do ambientalismo em 2010

: • Paul Ehrlich foi o autor do livro best-seller “A bomba da população” em 1968 É atualmente o professor de estudos de população e presidente do “Centro de biologia da conservação na Universidade de Stanford”.

Stephanie Mills tornou-se famosa graças a um discurso de abertura 1969 do seu colégio, "O futuro é uma farsa cruel”.Ela é editora e escritora filiada ao “Planned Parenthood” e atualmente é uma defensora de bio-regionalismo, um movimento, dedicado a culturas sustentáveis e locais.

Denis Hayes era o organizador principal do dia de terra original. Desde então Incentiva a Energia Solar e continua a presidir o conselho da rede internacional do “Dia de terra”

04 junho 2010

Querem poupar as florestas, carnívoros...

Empresas que assumiram o compromisso com o MPF

Frigoríficos e exportadoras

  • Ativo Alimentos

Termo de Ajuste de Conduta

  • Xinguara Indústria e Comércio

Termo de Ajuste de Conduta

  • Redenção Frigorífico do Pará

Termo de Ajuste de Conduta

  • Frigorífico Industrial Eldorado

Termo de Ajuste de Conduta

  • Agroexport - exportadora

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Frigorífico Rio Maria

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Boi Branco - exportadora

Termo de Ajuste de Conduta

  • Coopermeat

Termo de Ajuste de Conduta

  • Kaiapós Fabril e Exportadora

Termo de Ajuste de Conduta

  • Bertin - frigorífico

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Minerva - frigorífico

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Casfrisa Frigorífico Industrial de Castanhal

Termo de Ajuste de Conduta

  • Cooperativa da Indústria Pecuária do Pará - Socipe

Termo de Ajuste de Conduta

  • Frigorífico Centauro

Termo de Ajuste de Conduta

  • Fripago - Frigorífico Paragominas

Termo de Ajuste de Conduta

  • Matadouro e Marchantaria Planalto

Termo de Ajuste de Conduta

Curtumes

  • Durlicouros

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Couro do Norte

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

Frigoríficos que ainda não assinaram o TAC

  • Atlas Frigorífico SA
  • B Comércio de Carnes e Frios Ltda
  • Boi Bom Ltda
  • Comercial de Carnes Barão Ltda
  • D'Amazônia Indústria e Comércio Ltda
  • Frigol Pará Ltda
  • Frigopar Frigorífico e Indústria Ltda
  • Frigor Atlas Ltda
  • Frigorífico 3 Irmãos Ltda
  • Frigorífico Altamira Ltda
  • Frigorífico Campos Ltda ME
  • Frigorífico Eldorado SA
  • Frigorífico Extremo Norte Indústria Ltda
  • Frigorífico Fama Ltda
  • Frigorífico Industrial Altamira Ltda
  • Frigorífico Pollux Ltda ME
  • Frigorífico Serra Norte Ltda
  • Frigorífico Sabará Ltda
  • Frigorífico Simental
  • Frigorífico Três Marias Ltda
  • Frigoxin Comercial Ltda
  • Frimaster Comércio de Alimentos Ltda
  • JC Araújo Comércio de Alimentos Ltda
  • Mafrinorte Matadouro e Frigorífico do Norte Ltda
  • Matadouro Frigorífico do Baixo Tocantins Ltda
  • Matadouro e Marchantaria Pollares Ltda
  • MFI Assessoria e Desenvolvimento de Negócios Empresariais Ltda
  • MJ Novaes de Lima & Cia Ltda
  • MR Souza Júnior ME
  • Novo Norte Alimentos Ltda
  • Redenção Frigorífico do Pará Ltda
  • Riocarnes Comércio de Alimentos Ltda
  • Rosiel Sabá Costa
  • Soberano Alimentos Ltda
  • Solanio Rodrigues Monteiro ME
  • Xinguara Comércio de Carnes Ltda

Empresas que atenderam à recomendação

Empresas que até abril de 2010 atenderam à recomendação do MPF de comprar carne apenas dos frigoríficos que assinaram o TAC.

  • Pão de Açúcar
  • Santos
  • Bramil Supermercados
  • Atacadão
  • Mateus Supermercados
  • Makarú Ind e Comércio
  • Centro Sul
  • Vicunha Têxtil
  • Lopesco
  • Roldão
  • Carrefour
  • Solabia
  • F.C. Oliveira
  • Sadia
  • Bonanza Supermercados
  • Nutron
  • Asa Indústria e Comércio
  • Raymundo da Fonte S.A:
  • Wal-Mart
  • Dilly Nordeste S.A
  • Gelita do Brasil
  • Del Monte
  • Vulcabrás
  • Barra Carnes
  • Frangos Cearense
  • Líder
  • Ypê
  • Vicunha
  • Mauricea Alimentos
  • Bompreço
  • WMS

Empresas que responderam a recomendação com pedido de prorrogação de prazo

  • Nordeste
  • GR
  • Formosa
  • Rousselot

Empresas que responderam a recomendação afirmando que confiam nas garantias dos frigoríficos

  • BBA
  • Makro
  • Comcarne
  • Seara

23 março 2010

Falta de agua no planeta agua

Quero ver quanto tempo, os brasileiros das águas, que usamos até pra empurrar o lixo na calçada! Vai sentir a falta dela!
Cultura é coisa que nem o Lula sabe como funciona e é o Lula.
Num é um dotorzinho qualquer.
Ele é maior que Deus no Senado (sarney)
O Mensalão é pouco....
Na terra do Sto. Carnaval que dura 4 meses.
Alguém acredita na transformação, sem mexer no bolso?
Boa sorte, sobrevivente...

08 janeiro 2010

A PIOR CRISE

Alain Touraine: As três crises

“Torna-se evidente que, no lugar de esperar o final da crise financeira e econômica, de um mês para outro nos encontramos diante de problemas econômicos e ecológicos fundamentais que exigem de todos um esforço muito difícil de conseguir. Temos que reconhecer que chegamos ao limite do possível tentando manter nosso modo de vida e nossos métodos de gestão financeira. A soma destes problemas nos situa indiscutivelmente frente a um perigo de catástrofe maior”, analisa Alain Touraine, sociólogo, em artigo publicado no jornal El País, 06-01-2010.

Segundo Touraine, “se tivéssemos que dizer hoje qual é o futuro mais provável, o agravamento das crises ou a concepção e a construção de um tipo novo de sociedade baseada no respeito dos direitos humanos da grande maioria, teríamos que responder sinceramente que a hipótese pessimista tem mais possibilidades de se realizar que a otimista, que deposita sua confiança na capacidade dos seres humanos para salvar seu próprio futuro”.

A tradução é de Vanessa Alves.

Eis o artigo.

Todos os países situados na zona de influência da Wall Street e a City estão ameaçados. Os Estados Unidos, endividados dos pés à cabeça, desde o Governo ao particular, se encontra em uma situação que alguns consideram sem saída. A City, que tem maior peso na economia britânica que a Wall Street na norte-americana, se viu afetada mais diretamente por causa, em particular, da importância das inversões internacionais da antiga potência imperial.

Chegamos ao limite do possível no nosso modo de vida e nossos métodos de gestão financeira. O pensamento ecológico dá um objetivo positivo de importância vital.

Ao mesmo tempo, para os países da zona euro, a vontade da China e Estados Unidos de manterem suas moedas, o yuan e o dólar, num nível baixo, subvalorizado, também representa uma ameaça direta, pois, inevitavelmente, ataca as exportações europeias.

Paralelamente aos problemas da economia, os da ecologia nos obrigam a tomar decisões muito difíceis. A grande conferência mundial de Copenhague nos deixou uma imagem inquietante sobre a dificuldade de fechar acordos. Dado que os Estados Unidos se mostraram decididos a não fazer nada além de esforços insuficientes, de novo é para a Europa que se pede um sacrifício suplementário. Os países pobres, ou muito menos ricos, exigem que os países do Norte paguem sua dívida -150.000 milhões anuais-, pois, durante anos e anos, somente eles emitiram gases de efeito estufa. O Norte se vê agora ameaçado a mudar seu modo de consumo muito rapidamente. Por outra parte, China concede pouca importância às opiniões do resto do mundo, pois segue extraindo a maior parte de sua energia de carbono. E o tempo passa. Daqui a 2020, teria que reduzir as emissões de CO2, não em 20%, mas em 30%, inclusive 50%, e a Europa teria que alcançar os 80% antes de 2050.

Assim, em poucas linhas, torna-se evidente que, no lugar de esperar o final da crise financeira e econômica, de um mês para outro nos encontramos diante de problemas econômicos e ecológicos fundamentais que exigem de todos um esforço muito difícil de conseguir. Temos que reconhecer que chegamos ao limite do possível tentando manter nosso modo de vida e nossos métodos de gestão financeira. A soma destes problemas nos situa indiscutivelmente frente a um perigo de catástrofe maior.

A isso se deve acrescentar uma terceira crise, a da ação política e, mais precisamente, da expressão política do descontento, as reivindicações e as denúncias. Quem é responsável pela crise? Certamente não se trata de uma crise social, ou seja, de uma crise que enfrenta duas categorias ou classes sociais, por exemplo. Uns pedem que os países do Norte paguem pelo comportamento de seus antepassados. Outros querem defender os interesses e direitos de nossos sucessores e daqueles que vivem - geralmente muito mal - em regiões do mundo distantes da nossa. Ao se estenderem ao longo de um espaço e um tempo quase ilimitados, os conflitos ultrapassam o mundo social; só se podem compreender pela sua oposição a um sistema financeiro e econômico que foi colocado fora do alcance de todas as intervenções sociais e políticas.

Uma oposição assim já não pode se fundamentar na defesa de certa categoria social; deve ter um caráter universalista, já que se trata de defender o conjunto da humanidade. Apelamos aos direitos humanos contra a globalização econômica. Cada vez falamos menos de interesses e mais de direitos. Tal é a transformação principal de nossa vida social. É tão profunda que nos custa percebê-la e, sobretudo, carecemos dos meios institucionais necessários para resolver nossos problemas. As ONGs podem substituir os partidos e os sindicatos? Seria paradoxal dizer que as organizações não governamentais podem substituir os Governos. As ONGs desempenham um papel importante na conscientização da população, mas esta deve dotar-se a si mesma de novos meios de ação propriamente políticos.

Esta maneira de abordar os problemas do nosso futuro não é a dos economistas; não estou certo de que seja a dos políticos, mas deve ser a dos sociólogos, para os quais uma situação é mais o resultado da ação de mulheres e homens que o efeito de umas forças econômicas que impõem à sociedade a procura racional do interesse como prioridade absoluta. No presente caso, isso é ainda mais claro que no geral. Pois, frente a forças econômicas não humanas, a resistência não pode vir da defesa de interesses específicos; só pode vir da súplica dos direitos universais que são pisoteados quando os seres humanos morrem de fome ou se veem privados do trabalho ou liberdade para que os financistas possam seguir aumentando seus benefícios.

Esse levante em nome da defesa dos direitos mais elementares e, portanto, mais universais, é a única maneira eficaz de se opor aos interesses dos financistas puros e duros. É pouco provável que tal levantamento seja produzido, porque a contradição, em minha opinião, entre financistas e cidadãos não parece capaz de proporcionar um objetivo concreto aos protestos populares. É o pensamento ecológico o que dá aos protestos o que eles não conseguem por si mesmos, um objetivo positivo de vital importância: salvar nossa atmosfera, impedir ou limitar as consequências das mudanças climáticas, que podem ser catastróficas.

Mas tudo isso é incerto, num momento em que acaba de fechar o que se chamou “conferência da última oportunidade”. Num futuro próximo, nos dez próximos anos, corremos o perigo de ser vítimas de novas crises econômicas, de um agravamento do risco ecológico e de uma confusão política cada vez maior.
Se tivéssemos que dizer hoje qual é o futuro mais provável, o agravamento das crises ou a concepção e a construção de um tipo novo de sociedade baseada no respeito dos direitos humanos da grande maioria, teríamos que responder sinceramente que a hipótese pessimista tem mais possibilidades de se realizar que a otimista, que deposita sua confiança na capacidade dos seres humanos para salvar seu próprio futuro.

Deve-se deduzir uma implosão dos centros econômicos que dominam a vida econômica do mundo há vários séculos? Se os europeus se deixam avassalar pelo eixo chino-estadunidense, que se opõe à reavaliação do yuan e do dólar, este cenário não é impossível.

E assim chegamos à nossa hipótese central: a construção de um novo tipo de sociedade, de atores e Governos, depende antes de mais nada de nossa consciência e de nossa vontade, ou, mais simples ainda, de nossa convicção de que o risco de que se produza uma catástrofe é real, próximo de nós e de que, portanto, temos que agir necessariamente. Mas esta convicção não se forma por si mesma em cada ser humano. Nossos representantes políticos, do mais alto nível, discutem sobre ela e imaginam o que pode acontecer em 2020 o em 2050, numa linguagem que não dá conta suficiente da urgência das decisões a tomar.

Encontramo-nos perante três crises que se reforçam mutuamente e nada nos garante hoje que seremos capazes de encontrar uma solução para cada uma delas. Em outros termos, em vez de sonhar de forma irresponsável com uma saída para a crise que costuma se definir, muito alegremente, em função da retomada dos benefícios dos bancos, devemos tomar consciência da necessidade de renovar e transformar a vida política para que esta seja capaz de mobilizar todas as energias possíveis contra ameaças que são mortais.

(IHU-On line)