19 junho 2010

Outro "ninguém" fala no nosso fim por aqui...

Espécie humana estará extinta em 100 anos, diz cientista

Célio Yano* - 18/06/2010

A espécie humana estará extinta em menos de um século. A previsão nada otimista é do conceituado biólogo australiano Frank Fenner, professor da Universidade Nacional Australiana e um dos responsáveis pela erradicação da varíola.

Em entrevista ao jornal "The Australian", publicada nesta quinta-feira, dia 17 de junho, ele explicou que por conta "da explosão demográfica e do consumo desenfreado" a humanidade não será capaz de sobreviver. "Seremos extintos. Tudo o que fizermos agora será tarde demais", disse o pesquisador, hoje com 95 anos.

A afirmação foi feita durante uma rara ocasião em que Fenner se dispôs a falar com a imprensa. Membro da Academia Australiana de Ciência e da Sociedade Real, o biólogo já publicou centenas de artigos científicos e escreveu, sozinho ou em parceria, 22 livros.

"Como a população continua a crescer para sete, oito ou nove bilhões haverá muito mais guerras por alimentos", diz. "Os netos de gerações de hoje enfrentarão um mundo muito mais difícil."

Polêmico, ele credita ainda à falta de ação para se reduzir emissões de gases do efeito de estufa o trágico destino da humanidade. "Vamos sofrer o mesmo que o povo da Ilha de Páscoa", afirmou. "A mudança climática está apenas no começo. Mas nós estamos vendo mudanças notáveis desde já".

"A espécie Homo sapiens será extinta, possivelmente dentro de 100 anos", disse. "Um monte de outros animais também serão. É uma situação irreversível. Eu acho que é tarde demais. Tento não me manifestar sobre isso, porque as pessoas estão tentando fazer alguma coisa".

O jornal The Australian lembra que a opinião de Fenner é compartilhada por outros cientistas, porém abafada na discussão entre os pesquisadores que creem e os que são céticos em relação às mudanças climáticas.

Na semana que vem Fenner fará a abertura do simpósio sobre Clima, Planeta e Pessoas Saudáveis, na Academia Australiana de Ciência. Em 1980, durante uma Assembleia Geral da ONU – Organização das Nações Unidas, foi ele quem anunciou a erradicação global da varíola, única doença a ser considerada erradicada em todo o mundo.

*Nota publicada no portal Exame.com

06 junho 2010

Vai a pé ou ...

Uma grande parcela dos problemas ambientais decorre do uso crescente de veículos, notadamente os movidos por derivados de petróleo. Automóveis, caminhões, ônibus, motocicletas e toda sorte de embarcações e aviões foram responsáveis, em 2004, por 13,1% das emissões de gases do efeito estufa, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A atividade de transporte responde por cerca de 80% do óleo diesel consumido no Brasil, sendo 90% desse consumo para o transporte rodoviário de mercadorias e pessoas.

Em países de grandes extensões, com cidades superpovoadas, praticamente sem transporte ferroviário e com poucas centrais termoelétricas, como o Brasil, a contribuição dos sistemas de transporte para a poluição do ar é seguramente bem maior (desconsiderando o uso da terra). Poluição essa que não se limita aos compostos químicos que aquecem a atmosfera, mas que também inclui poluentes como material particulado em suspensão e variados gases, todos eles danosos à saúde humana e à saúde ambiental. Esse é um problema marcante em centros urbanos.

Nos países mais civilizados, ainda existem os desafios de engarrafamentos e da consequente poluição atmosférica (Los Angeles é um exemplo), mas de um modo geral essas questões foram minimizadas pela oferta de sistemas públicos de transporte inteligentes e eficientes e pelo rigor das leis, como a da concentração máxima tolerável de poluentes por veículo.

É fundamental uma revolução nos sistemas de transporte, principalmente nos centros urbanos. Um conjunto extenso de medidas precisa ser adotado. Abordarei apenas alguns deles. Para se diminuir o consumo de combustíveis e a poluição gerada, evitando que se inviabilize a mobilidade urbana, deve-se reduzir os seguintes itens:

A quantidade de deslocamentos realizados,
A extensão desses deslocamentos,
Os modos de transporte utilizados e
O consumo específico de energia dos diferentes modos
(Márcio D’Agosto – PET/COPPE, 2010)

A utilização intensa do automóvel conspira contra qualquer iniciativa de racionalização de sistemas de transporte. Para qualquer planejamento desse setor, é imprescindível o conhecimento da eficiência dos modos de transporte em termos de energia primária requerida [Megajoules/passag.km]. O Prof. Márcio D’Agosto apresenta um estudo sobre diversos modos (em ordem decrescente de eficiência):

1º - bicicleta
2º - caminhada
3º - veiculo leve sobre trilhos (VLT)
4º - trem metropolitano elétrico (como o metrô)
5º - trem metropolitano a diesel
6º - microônibus
7º - ônibus convencional
8º - automóvel pequeno a gasolina
9º - automóvel grande a gasolina
O consumo energético por passageiro versus quilômetro do automóvel grande é quase dez vezes o do VLT e sete vezes o do trem elétrico. Mesmo o ônibus convencional tem uma eficiência insatisfatória se comparado com quaisquer dos trens ou com microônibus. Entre os modos de transporte estudados, a bicicleta é o que se revela mais eficiente, com um rendimento 15 vezes melhor do que o do automóvel pequeno.

No entanto, por maiores que sejam os avanços para reduzir a emissão de poluentes e reduzir o desperdício de petróleo em engarrafamentos cada vez mais frequentes e intensos, eles estão sendo superados por uma produção sem precedentes de carros no mundo. Em 2007 fabricou-se 70,9 milhões de unidades de automóveis e pequenos veículos de carga (até 1800 kg). Em função da crise econômica mundial, houve queda na produção global de veículos em 2008 (e possivelmente também em 2009), mas a tendência é de retomada no crescimento de vendas, principalmente se considerarmos o poder desse segmento industrial somado ao das companhias de petróleo e ao das empreiteiras.


"Somente em março foram vendidos 331 mil carros. Prevê-se, para este ano um aumento nas vendas de 8%. Se essa taxa de crescimento se mantiver constante, a frota total dobra em apenas nove anos!"
Entre 1960 e 2000, a fabricação mundial de carros subiu de 12,8 milhões para 41,3 milhões de unidades, um acréscimo de 223% (em comparação, a população humana aumentou 102% no mesmo intervalo de tempo). No Brasil, foram vendidos cerca de 800 mil carros no 1º semestre de 2010. Somente em março foram comercializadas 331 mil unidades. Prevê-se, para este ano um aumento nas vendas de 8%. Se essa taxa de crescimento se mantiver constante, a frota total dobra em apenas nove anos!

Mundialmente, entre 1952 e 1992, o total de passageiros X quilômetros rodados de veículos pulou de menos de 250 bilhões passag.km para quase 650 bilhões passag.km, um aumento de cerca de 160%, bem superior ao crescimento da população global, que, nesse mesmo período, foi de 108%.

Ora, como as ruas não aumentam nas cidades, nem em número nem em dimensões, é óbvio que esse comércio frenético de automóveis é o fermento do caos urbano. Novas vias podem ser abertas somente na periferia, o que obriga a maiores deslocamentos, agravando ainda mais os efeitos do tráfego intenso.

É inegável que a política míope de estimulo ao transporte individual motorizado é absolutamente insustentável, tanto no uso de recursos naturais, como pela geração de poluição e pela crescente inviabilização dos deslocamentos urbanos.

O poderoso lobby pró veículos a combustão impôs o modelo insensato de uso intenso de carros nas cidades e de caminhões e ônibus nas estradas. Essa situação é claramente evidente no Brasil, onde a indústria do petróleo, juntamente com as montadoras e as empreiteiras de estradas, enterraram um sistema incipiente de transporte ferroviário.

À tendência de baixa dos preços de veículos, soma-se a política equivocada do governo no estímulo a economia. Isto foi mais marcante na crise econômica mundial de 2008, quando o governo federal retirou impostos dos carros mais baratos (e agora de motos), incentivado a venda e, ao mesmo tempo, a saturação das vias públicas, principalmente nas cidades médias e grandes.

Não são necessárias muitas considerações para se constatar o óbvio: os engarrafamentos quase permanentes em cidades como Rio e São Paulo provocaram, nos últimos anos, uma queda vertiginosa na velocidade média de suas ruas. A lentidão irritante do tráfego urbano, a par da escassez de vagas, não apenas provoca desperdício de petróleo, um recurso natural não renovável, e aumento na quantidade de horas de trabalho perdidas no trânsito, como a poluição decorrente causa um número cada vez maior de casos de doenças respiratórias, sem falar nos problemas psíquicos. Os prejuízos são, ao mesmo tempo, sociais, ambientais e econômicos (bem, alguns setores lucram sempre com o caos...).

Com a moeda estável e financiamento em até absurdos 70 ou 72 meses, as classes ascendentes podem realizar suas aspirações de possuir um carro novo. Certo, eles também têm o direito a um carro e, “além disso, é um sinal de progresso social e econômico”, como cansei de ouvir. Essa forma superficial de encarar a questão esconde, na verdade, que não há progresso algum, nem para a sociedade como um todo nem para o feliz possuidor do carro novo.

A grande maioria dos que contraem tais financiamentos a perder de vista elegem o automóvel como prioridade número 1. Afinal, o carro ainda é um ícone de sucesso. No entanto, vítimas das armadilhas do consumismo, essas pessoas moram mal, não possuem assistência médica adequada e educam mal os filhos, entre tantas outras deficiências. Sem contar que, em geral, têm pouca prática de direção e a manutenção de seus automóveis deixa a desejar.

É indispensável que a sociedade tome consciência de que o transporte individual nas cidades é incompatível uma boa qualidade de vida. É importante que se renuncie à ideia falsa de conforto que o automóvel proporciona e ao seu uso como mero símbolo de status. Somente modos de transporte de massa, ou seja, os movidos a energia elétrica, como trens e metrô, podem resolver tais problemas (Suzana Kahn e Marcio D’Agosto). O uso do automóvel deverá ser dificultado ao máximo.

Planejamento urbano de qualidade é igualmente indispensável. Isto significa, entre outras medidas, concentrar serviços próximos ou entremeados com áreas residenciais, reduzindo a necessidade de deslocamentos, permitir escritórios de baixa movimentação de pessoas em áreas meramente residenciais, incentivar a implantação de escolas de qualidade em todos os bairros, descentralizar os pólos de negócio, de comércio e de finanças. Quanto mais tempo levarmos para a adoção dessas medidas, mais cara, demorada e dolorosa será a tentativa de reverter e tendência de colapso no sistema de transporte urbano.

05 junho 2010

NOSSA FAZ TEMPO, agora pode ser tarde!

Em Abril, marcou o 40º aniversario do primeiro "DIA DA TERRA", e com isso o início simbólico do movimento ambientalista. O evento foi à culminação de uma série de tendências que começaram nos anos 50 em que os cientistas começaram notar como a industrialização impactava o ecossistema da Terra. Então, em 1962, o livro inovador de Rachel Carson “Silent Spring”, que documentou os efeitos dos inseticidas no ambiente, causou uma sensação internacional e conduziu-a eventualmente à proibição do DDT nos Estados Unidos.

Em 1970, a preocupação com o crescimento populacional, a fome em massa, a poluição do ar e da água o grupo se uniu em um movimento para apoiar um ambiente mais limpo e saudável.

Tudo isto e mais esta no filme “Earth Days”, que foi mostrado em PBS’American Experience em 19 de abril Dirigido por Robert Stone o filme mostra não somente como o movimento verde começou, mas os sucessos e falhas desde o dia seminal em 1970.

“O que nós estávamos tentando fazer é criar uma consciência pública totalmente nova que causasse a mudanças das regras do jogo” disse Denis Hayes, coordenador nacional do Dia da Terra.

Hayes é um dos ativistas ambientais chaves de uma dúzia, entrevistados no documentário Miller-McCune.E com mais três deles pediu para avaliar o estado do ambientalismo em 2010

: • Paul Ehrlich foi o autor do livro best-seller “A bomba da população” em 1968 É atualmente o professor de estudos de população e presidente do “Centro de biologia da conservação na Universidade de Stanford”.

Stephanie Mills tornou-se famosa graças a um discurso de abertura 1969 do seu colégio, "O futuro é uma farsa cruel”.Ela é editora e escritora filiada ao “Planned Parenthood” e atualmente é uma defensora de bio-regionalismo, um movimento, dedicado a culturas sustentáveis e locais.

Denis Hayes era o organizador principal do dia de terra original. Desde então Incentiva a Energia Solar e continua a presidir o conselho da rede internacional do “Dia de terra”

04 junho 2010

Querem poupar as florestas, carnívoros...

Empresas que assumiram o compromisso com o MPF

Frigoríficos e exportadoras

  • Ativo Alimentos

Termo de Ajuste de Conduta

  • Xinguara Indústria e Comércio

Termo de Ajuste de Conduta

  • Redenção Frigorífico do Pará

Termo de Ajuste de Conduta

  • Frigorífico Industrial Eldorado

Termo de Ajuste de Conduta

  • Agroexport - exportadora

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Frigorífico Rio Maria

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Boi Branco - exportadora

Termo de Ajuste de Conduta

  • Coopermeat

Termo de Ajuste de Conduta

  • Kaiapós Fabril e Exportadora

Termo de Ajuste de Conduta

  • Bertin - frigorífico

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Minerva - frigorífico

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Casfrisa Frigorífico Industrial de Castanhal

Termo de Ajuste de Conduta

  • Cooperativa da Indústria Pecuária do Pará - Socipe

Termo de Ajuste de Conduta

  • Frigorífico Centauro

Termo de Ajuste de Conduta

  • Fripago - Frigorífico Paragominas

Termo de Ajuste de Conduta

  • Matadouro e Marchantaria Planalto

Termo de Ajuste de Conduta

Curtumes

  • Durlicouros

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

  • Couro do Norte

Site da empresa

Termo de Ajuste de Conduta

Frigoríficos que ainda não assinaram o TAC

  • Atlas Frigorífico SA
  • B Comércio de Carnes e Frios Ltda
  • Boi Bom Ltda
  • Comercial de Carnes Barão Ltda
  • D'Amazônia Indústria e Comércio Ltda
  • Frigol Pará Ltda
  • Frigopar Frigorífico e Indústria Ltda
  • Frigor Atlas Ltda
  • Frigorífico 3 Irmãos Ltda
  • Frigorífico Altamira Ltda
  • Frigorífico Campos Ltda ME
  • Frigorífico Eldorado SA
  • Frigorífico Extremo Norte Indústria Ltda
  • Frigorífico Fama Ltda
  • Frigorífico Industrial Altamira Ltda
  • Frigorífico Pollux Ltda ME
  • Frigorífico Serra Norte Ltda
  • Frigorífico Sabará Ltda
  • Frigorífico Simental
  • Frigorífico Três Marias Ltda
  • Frigoxin Comercial Ltda
  • Frimaster Comércio de Alimentos Ltda
  • JC Araújo Comércio de Alimentos Ltda
  • Mafrinorte Matadouro e Frigorífico do Norte Ltda
  • Matadouro Frigorífico do Baixo Tocantins Ltda
  • Matadouro e Marchantaria Pollares Ltda
  • MFI Assessoria e Desenvolvimento de Negócios Empresariais Ltda
  • MJ Novaes de Lima & Cia Ltda
  • MR Souza Júnior ME
  • Novo Norte Alimentos Ltda
  • Redenção Frigorífico do Pará Ltda
  • Riocarnes Comércio de Alimentos Ltda
  • Rosiel Sabá Costa
  • Soberano Alimentos Ltda
  • Solanio Rodrigues Monteiro ME
  • Xinguara Comércio de Carnes Ltda

Empresas que atenderam à recomendação

Empresas que até abril de 2010 atenderam à recomendação do MPF de comprar carne apenas dos frigoríficos que assinaram o TAC.

  • Pão de Açúcar
  • Santos
  • Bramil Supermercados
  • Atacadão
  • Mateus Supermercados
  • Makarú Ind e Comércio
  • Centro Sul
  • Vicunha Têxtil
  • Lopesco
  • Roldão
  • Carrefour
  • Solabia
  • F.C. Oliveira
  • Sadia
  • Bonanza Supermercados
  • Nutron
  • Asa Indústria e Comércio
  • Raymundo da Fonte S.A:
  • Wal-Mart
  • Dilly Nordeste S.A
  • Gelita do Brasil
  • Del Monte
  • Vulcabrás
  • Barra Carnes
  • Frangos Cearense
  • Líder
  • Ypê
  • Vicunha
  • Mauricea Alimentos
  • Bompreço
  • WMS

Empresas que responderam a recomendação com pedido de prorrogação de prazo

  • Nordeste
  • GR
  • Formosa
  • Rousselot

Empresas que responderam a recomendação afirmando que confiam nas garantias dos frigoríficos

  • BBA
  • Makro
  • Comcarne
  • Seara